Os meios de comunicação divulgaram recentemente um estudo do Ministério da Educação sobre as classificações que as escolas secundárias atribuem aos seus alunos.

Nesse estudo, a nossa Escola Secundária Felismina Alcântara aparece no grupo das “mais desalinhadas para baixo”. Quer isto dizer, rigorosamente, que quando se comparam escolas que obtêm nos exames nacionais a mesma nota (em média), verifica-se que a nossa escola está no grupo das que atribuem notas internas mais baixas.

Assim, as pessoas podem ficar com a ideia de que a nossa escola atribui notas mais baixas do que as outras, ou de que as nossas notas internas são mais baixas do que as de exame.

Tal não é verdade.

De facto, antes de fazer qualquer comparação, é preciso verificar se a escola “x” obtém nos exames a mesma nota que nós. Ou seja, é preciso, primeiro, verificar se a posição no ranking dos exames nacionais é semelhante. Se o for, a comparação pode fazer-se. Caso contrário, a comparação é ilegítima.

Ora, em 2014, fomos a 23.ª melhor escola pública do país e em 2013, a 47.ª.

Significa isto que, por um lado, os nossos alunos se candidataram ao ensino superior com muito boas classificações de exame, que, como se sabe, são determinantes no acesso, e, por outro, que não é fácil encontrar, nas proximidades, escolas que obtenham as mesmas notas de exame do que nós, logo, escolas com as quais se possam fazer comparações.

Concluindo, pode a comunidade estar tranquila quanto às classificações que atribuímos. Não prejudicamos os alunos. Somos exigentes porque nos preocupamos com o sucesso futuro dos nossos alunos e é a sua história que fala por nós.

Agnelo Figueiredo
Diretor