O jornal Público de 19/91/2015 publicou um trabalho jornalístico baseado em dados recolhidos numa base de dados do MEC acessível em http://infoescolas.mec.pt. Esta base de dados permite conhecer, entre outros elementos, o afastamento das classificações internas dos alunos do Ensino Secundário de cada escola, relativamente às classificações que os mesmos alunos obtêm em Exame.

Segundo os autores do estudo, há três tipos de escolas: as (1) “desalinhadas para cima”, que são as que têm grandes afastamentos entre a CIF e a CE — inflação de notas —, as (2) “desalinhadas para baixo”, que são as que têm pequenas diferenças entre a CIF e CE, e (3) as “alinhadas”, que são as que estão numa posição intermédia.

Neste enquadramento, a nossa escola surge integrada no lote das 24 escolas do país mais “desalinhadas para baixo”, como se pode ver aqui, o que suscitou algumas reações de perplexidade e preocupação.

Ora, de facto, a taxonomia utilizada – “alinhadas”/”desalinhadas”, confere imediatamente uma conotação negativa às ditas escolas “desalinhadas”. Todavia, o que na realidade se depreende é que o MEC considera acertado – alinhado – que exista uma significativa diferença entre as classificações internas e as de exame.

Repudiamos este entendimento, até porque contradiz o preceituado legal em vigor, nomeadamente aquele que determina a atribuição de prémios – crédito horário – às escolas com diferenças mínimas entre as CIF e as CE. E a nossa escola foi premiada nos dois últimos anos.

Pelo exposto, em vez de nos sentirmos preocupados por estarmos “desalinhados para baixo”, devemos sentirmos orgulhosos pela fiabilidade dos nossos dispositivos de avaliação e pelo rigor que impomos no processo de avaliação, uma vez que as nossas classificações internas são um excelente preditor das classificações de exame.

Devemos, pois, congratularmo-nos.

Agnelo Figueiredo – 19/01/2015